segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Amor de verão

Me pego pensando em você. Tudo passa como um filme em minha mente. Relembro palavras, simples gestos, me perco em pensamentos. Tento acreditar que a saudade de te sentir perto de mim é apenas passageira, que é a falta do que fez parte da minha vida só alguns dias, e caírão no esquecimento.
A primeira vista uma imagem se forma, depois tudo se transforma, mas o desejo continua o mesmo. Olhares quase chamando, pronunciando o que a boca não dizia, pareciam não ser retribuídos. Nessas horas como queria ler pensamentos, saber decifrar movimentos que talvez pudessem me dar alguma esperança.
Enfim o silêncio agoniante foi quebrado. Algumas palavras trocadas, perguntas vagas, assuntos banais. A noite chega e a barreira se forma, o corpo pede, mas a cabeça não deixa. A tentação a centímetros de distância, provocando, quase sussurando ao pé do ouvido que meu desejo não era segredo.
Sua persistência procura apenas uma brecha. Você cada vez mais perto, vai me convencendo, me encantando. E eu me deixando levar, fingia não me importar. Quando parecia desistir, a ansiedade tomava conta junto ao receio de não ter mais uma chance. Mas algo não nos deixava ficar longe, e lá estávamos juntos mais uma vez.
De forma inusitada tudo aconteceu. O que parecia um jogo, se tornou algo além do que eu podia entender no momento. Finalmente o que a mente imaginava e há dias esperava, se tornou real de forma inexplicável. Seus lábios nos meus, como era bom senti-lo daquela forma. Queria poder esquecer o proibido, sentir por completo, tirar de mim cada gota de suor, que o calor do seu corpo fazia sair do meu.
Seu jeito bobo, só de lembrar traz meu sorriso. Queria poder sentir suas mãos percorrendo meu corpo, me fazendo arrepiar como só você soube. Ouvir sua respiração mais uma vez, sua voz que não quero esquecer. Aquele que surpreendeu, que me deixou ver seu coração, que cuidou de mim, e não desistiu.
E o verde sempre presente, o cheiro da chuva, o ar que limpava nossos pulmões, o céu que cismava mudar de cor, fizeram o cenário perfeito para a nossa história. Agora são apenas lembranças, que recordo todos os dias. Seguimos nossos caminhos, e a distância não impede que ainda te sinta presente. Afinal, foi diferente, de repente, como todo amor de verão que vem como chuva forte e só nos deixa o arco íris para adimirar.


Stéphanie Badaui.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Doce amargo amor

É impressionante como uma simples pessoa, por mais normal e comum que seja, pode ser muitas em uma só. Muitos podem não perceber, mas os poucos que percebem podem se machucar. Estamos em mudança contínua, como a chuva que as vezes vem pra mudar pequenos grãos de areia de lugar. Pequenos fatos que aparentam não ter importância, brigas que são esquecidas com abraços e palavras vagas, carinhos que nunca mais vamos sentir...
Descobrir. E o que já se descobriu? O que já sentimos com tanta intensidade e agora não temos mais a mesma força pra senti-lo. Olhares que se perdem, toques que parecem tão longe, ecos e sussuros que sempre vão nos acompanhar.
O passado que um dia amei, hoje apenas lembrança. Presente que aumeja o futuro, suplica mudanças, pois o corpo já não acompanha a alma ultimamente tão distante. E os pequenos detalhes, o cheiro em meu quarto, a lágrima que quer vir, mas que a frieza do meu olhar congela antes que ela possa te encontrar.
Doce e amargo amor, que vicia, nos torna dependente, que destroi corações. Mas hoje eu posso dizer que venci o amor, e que ele não me tem mais em suas mãos, pois cansei que ele fizesse o que bem entendesse comigo.
Agora estou vacinada contra essa doença chamada amor, mas sei que no futuro, próximo ou não, ela sofrerá mutações e irá enganar meu corpo novamente. Conquistará minha alma, tirará minhas forças, me transformará criança, me fará regredir por únicos momentos de plena felicidade e magia.
E quando isso acontecer aquela maldita dúvida vai vir me pertubar... "Será que vale a pena se arriscar?" E com um sorriso no rosto e a saudade nos olhos eu poderei dizer sem medo: "Um dia valeu..."

Stéphanie Badaui.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hedonismo




Quero um prazer imediato.
Daqueles bem ordinários,
Aparentemente inofensivo
Mas cheio de devassidão.
Livre das regras de um amor perfeito
E que agrade meus sentidos.
Um prazer delicado, ilícito e amargo.
Rachel Oliveira

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Quimera




Bem deixe que eu mesma me apresente. Estou aqui há muitos e muitos anos, mas as minhas diversas formas deixam qualquer homem confuso. Já causei muita desordem no mundo, pelo fato das pessoas não saberem como lidar comigo.

Meu trabalho consiste em fazer com que o ser humano ambicione cada vez mais e mais os prazeres da vida. Minha pele transpira o pecado e o meu toque delicado cheio de volúpia, confunde os sentidos. Posso levar você a cometer o que chamam de luxúria, não procure mostrar resistência.

A vaidade me persegue, e para estar comigo é preciso ter prudência para com a aparência.
Não existe apego ao dinheiro de forma exagerada, existe bom gosto e conforto o termo avareza é uma tolice. A natureza do meu jogo consiste em uma competição onde o orgulho é fundamental e a ira inevitável. Se o homem tornou-se antropofágico a culpa não é minha.

Posso lhe mostrar como aproveitar bem a vida, e degustar as coisas mais deliciosas sem que fique com vergonha de repetir e depois ficar horas deitado com aquela sensação boa de cansaço mesmo que não tenha feito nada o dia todo.

Ao mesmo tempo em que vejo tudo o que deseja, sou o que precisa.
Não é difícil me encontrar, conhece os sete pecados?
Eu sou o oitavo.
Rachel Oliveira

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sono


Duas da madrugada, você ainda não chegou. Olho as paredes como que assustada com as sombras que sempre estiveram ali e eu nunca as notei. Encho uma taça, na esperança de espantar pensamentos distantes sem muita força. O vinho barato desce arranhando a garganta e aquece todo meu corpo frio que agora apenas está em busca de almas quentes. Almas que um dia mandei embora. Mas esse choque de temperaturas os distancia, como se houvesse uma barreira separando, impedindo a fusão de sentimentos, o equilíbrio.

A minha última chance eu desperdicei, não me arrisquei por que o frio já estava se aproximando, e a alma daquele pobre coitado, sempre tão quente, me chamando com os olhos em chamas, com palavras que para mim pareciam faíscas que machucavam ao serem pronunciadas. Eu o mandei embora, tentei me proteger e agora estou congelando sentimentos que um dia foram mais vivos que o meu próprio ser.

Os congelo para um dia poder usá-los com alguém que esteja tão acostumado com o frio quanto eu, que não se importe de viver com um corpo que não sente um simples toque, que não tenha apenas uma lágrima para derramar, nem que seja de alegria. Vou guardando-os dentro de mim, e ficando cada vez mais fria.

E você não vem. É sempre assim, sempre me faz esperar. E eu sem companhia apenas espero você chegar e trazer seu mundo de ilusões, trazer aquela multidão de confusões quando consigo me livrar de você. Já bêbada de pensamentos, o chamo, o grito, suplico. Vem sono, e me ajude a liberar tristezas e dores, em sonhos e pesadelos. Ajude-me a me livrar dessas sombras, desse frio, desse gosto...

Aquele gosto, sim ainda o sinto. O gosto amargo de decepções esquecidas, de palavras perdidas que não saem da minha boca. As sombras que vão e voltam, penetram paredes, ultrapassam portas, que só servem pra lembrar o passado, e o meu futuro tem sido esquece-lo.

Stéphanie Badaui.

quinta-feira, 3 de julho de 2008


O ser humano mesmo não tendo certeza de suas opiniões
Diz por a mão no fogo por elas, e se deixa queimar para ter de mudá-las
Mas nem sempre estas mudam de fato e assim passam a disseminar feridas.
Então me dê motivos para acreditar que a humanidade caminha em direção a evolução.
Motivos para poder dizer que o homem de hoje é de fato diferente ao de 1500
Motivos para acreditar em um Deus que deseja ser louvado o tempo todo
Que ninguém nunca proferiu palavras de morte a um homem que se opôs a sua crença.
Que o presidente de um país considerado primeiro mundo, não é o maior assassino dos tempos.
Que a fome é uma ilusão, que a esperança em dias melhores não é em vão.
Motivos pra acreditar em um Deus que seja bom.
E que o homem não se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência.

Rachel Oliveira

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Lei da selva


Não me venha com discurssos anti-capitalistas, não seja hipócrita. Todos querem liberdade, igualdade, e quando as alcançam não parece mais suficiente. Ideologias que tentamos seguir e os atos desmentem. Capitalismo, socialismo, anarquismo..? Que nada! É a lei da selva camarada, e aqui vence o melhor.



Stéphanie Badaui.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nem que fosse pela última vez



A tensão estava estabelecida e o silêncio sepulcral foi rompido quando Josephine espalmou as duas mãos na parede com força e então voltou-se para ele, dilatando as narinas como sempre fazia ao exasperar-se. Ele riu - em parte pela felicidade de rever aquele familiar semblante irado após uma longa campanha que o afastara de casa, e em parte realmente achando graça do ciúme dela.

- Minha amada, não faça drama! Não há motivo para tanto. - e ele abriu os braços envolvendo-a num abraço do qual ela tentava se soltar.

-Me solta! - vociferou ela, em um tom de autoridade que nem o próprio Napoleão conseguiria fazer para seus soldados. - Volte para tuas amantes, general! Maldita a hora em que te dei o lugar do falecido em minha vida!

-Não falemos dos mortos! - repreendeu-a, conservando-a presa. Sentindo no peito uma pontada de ciúmes repentina.

Ironia fatídica! Josephine temia a concorrência das vivas, e Napoleão enciumado com os mortos.

Ela se debateu, tentando livrar-se dos braços do jovem marido:

-Ele parece mais presente que você! - alfinetou, vendo que o afetara. E olhando-o com desprezo, finalmente saiu de seu abraço. - Estás sempre em outros lugares! Outras camas!

Napoleão não pôde mais conter o riso e sorriu diante da irritação dela:

- E você costumava queixar-se do meu ciúme! Olha só como tudo se inverteu!

Ela revirou os olhos, bufando alto:

- Vou sair desta casa e levar meus filhos! - declarou ela, dando as costas ao rapaz.

-Você não vai me deixar. - balbuciou Napoleão, convicto. - Não tem nem pra onde ir.

Josephine olhou-o por cima do próprio ombro, agora não mais com o rosto vermelho de raiva, mas sim com uma incômoda indiferença:

- Ainda tenho as propriedades do falecido. - falou somente, com uma calma assustadora. Nessas horas lhe convinha ser viúva!

Napoleão não se alterou.

-Você não vai me deixar. - repetiu somente, sem tirar os olhos dela. - Nós dois sabemos que não vai.

Josephine apenas suspirou, um suspiro quase imperceptível e retirou-se em silêncio, de uma forma teimosa, não submissa. Ele tinha razão, não o deixaria(...)



Nathalia Alves

(Me batam, me odeiem mas postei o diálogo Napoleão/Josephine que eu fiz durante a aula de...aula de alguma coisa(!) )


quarta-feira, 25 de junho de 2008

História boba


Reza a lenda, que no alto da Pedra do Sol.
Morava um mortal que tocava canções para lua.
Lá no alto, na lua cheia, morava uma Deusa.
Que sentia falta de amor.
E que em uma noite dessas
Quando dava seu show ao surgir de trás do mar
Refletindo o feixe de luz prata da lua sob as águas revoltas.
Sentiu-se atraída pelas canções do mero mortal.

A Deusa resolveu então que viria à Terra a fim de amar o musico.
Sendo assim na fase de lua cheia ela surgiu.
O mortal ficou encantado
Ela reunia todas as coisas, e transmitia a inocência dos pássaros.

Entregando-se a luxuria, os dois tiveram o primeiro contato.
A noite estava pra acabar.
A Deusa só podia ficar na Terra durante sua fase de Lua cheia.
E o mortal não podia morar na lua.
Seria uma loucura que desafiaria o Deus dos Deuses.

Mas a cada dia que passava ela ia sentido uma vontade impar de estar com o mortal.
Ouvir suas canções de amor, e sentir seus carinhos.
Mesmo em sua condição de Deusa ela teve que admitir,
Estava virando, escrava de seus próprios sentidos.

Passou a vê-lo todos os setes dias da fase da Lua Cheia.
E prometia sempre voltar na próxima fase.
Vítima do encanto doce da Deusa o rapaz esperava ansioso pela sua volta.
Seguiram assim durante anos, até que em uma de suas visitas encontrou seu amor adoecido aqui na Terra.
Ela teve de voltar ao luar com o coração na mão.

O mortal com medo de nunca mais ver a Deusa,
Resolveu que chegaria à Lua pelo mar.
Seguindo o feixe prata de luz.
Mas já estava muito fraco, viu que nunca chegaria
Então contemplando a lua proferiu algumas palavras de idéias Dostoievskiana.
“Se Deus não existisse, tudo seria permitido.”
Rachel Dos Santos.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Borboleta


Gosto de borboleta.
Não precisa ser
colorida,
basta que seja azul.
Pode ser dessas que dão na barriga
acompanhadas de um riso bobo,
ou daquelas que voam no céu nu
levadas por mais uma metáfora.

Gosto dele.
Não precisa gostar de mim,
basta que seque as lágrimas.
Pode ser dessas que molham
acompanhadas de meias verdades,
ou daquelas de plena alegria
descritas por mais uma hipérbole.

Gosto da lembrança.
Não precisa ser única,
basta que seja a primeira.

Pode apenas ser azul
acompanhadas dele,
ou somente dele
voando entre antíteses.


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[Dedico a você, que em meio a desentendimentos
uma borboleta azul nos trouxe o sorriso. Te amo.]
Stéphanie Badaui.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Prece à Vênus

pigmalião & galatéia


Ontem achei sua foto
jogada entre cartas, recortes e lembranças
nunca vividas
Ontem ouvi sua voz
irrompendo no silêncio do meu quarto
e no vazio dos meus pensamentos
E um aperto me invade o peito
O sorriso vaidoso
O andar vaporoso
Saindo da ponta do lápis, como mágica
Quase posso tocá-lo, amá-lo
E tudo se torna tão deliciosamente etéreo
Pigmalião e Galatéia às avessas
Talvez próximo esteja o dia em que Vênus há de ouvir minhas preces
Tal qual o fez há tanto tempo
Ou talvez não passe de uma vã esperança
Abro então os olhos, esperando encontrá-lo
Queria ser pra ti muito mais do que mera criadora
Nunca achei que ao esboçar a perfeição
Iria despertar meus sentidos
Irreparavelmente entregue
ao fruto da minha imaginação
Ontem te vi, te senti
Te criei (...)

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Ok, posso fazer um comentário adicional? Eu precisava escrever um poema baseado na história de Pigmalião e Galatéia! Eu sei que não ficou muito bem trabalhado, mas fiz às pressas. Um dia vou trabalhar melhor nele e adaptar. Foi só pra postar alguma coisa mesmo, próxima vez vai ser melhor, prometo.


Nathalia Alves

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Saudade

Sempre me perseguindo, e quando chega vai embora. Você sempre parte e ao invés de leva-la embora, a deixa aqui me torturando. Sempre me perguntando por você, fazendo o coração lembrar o que a mente tenta esquecer. Com ela vem a dor, que não dá pra suportar, que aos poucos vira lembranças de momentos que não vão mais voltar. Ela me faz gritar e chorar de tristeza que um dia foram sorrisos manchados com a beleza do nosso amor.

Dizemos que ela apenas nos prejudica, mas se a espera não fosse tanta, talvez o amor não sobrevivesse à rotina, a tão temida e parada rotina. Sim nos desesperamos, juramos amor ao longe, suplicamos o corpo um do outro, e quando nos encontramos a entrega é tão mágica que passa devagar e rápido ao mesmo tempo. Um segundo voa, mas quando lembrado parece uma eternidade que não foi aproveitada como devia.

Desde de que te conheci, ela está presente, confundindo minha cabeça, meus sentimentos, meu corpo, minha alma que almeja a sua a cada instante. Ela me pede pra ir te buscar de qualquer jeito, não me dá tempo pra pensar, apenas me confundi. Soprando aos meus ouvidos o que não quero ouvir, que eu preciso de você, que era pra você está aqui do meu lado.

É, a saudade. Palavra tão simples que trás confusão e que não tem uma descrição certa do que é. Porque saudade apenas se sente, e se sente cada dia de um jeito, e cada um do seu jeito.

Stéphanie Badaui.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Nossa Peça


Desejo súbito de ter perto algo que não me pertence. Pensamentos maldosos de te roubar só pra mim, de te levar comigo pra qualquer lugar. Palavras que ainda flutuam no meu quarto e quando tocadas se tornam lembranças em um piscar de olhos. Em nossa frente uma peça começa, revivendo o passado que não nos parece mais tão distante. Tudo com aparência de sonho e quando fingimos acordar o susto nos leva pra mesma rotina. Enquanto isso vamos apenas observando os atores entrando e saindo de cena, chorando e fazendo chorar, rindo e fazendo rir.

Até que chega a hora em que assistir não é mais suficiente, e resolvemos levantar da platéia, subir no palco, falar, gritar, chorar, sorrir, dançar, interpretar o que realmente somos. Sem medo. Talvez ele até exista, mas naquele momento nada mais importa. Os olhares criticando, as pessoas falando, o que isso vai mudar? Você está ali, sendo você, se descobrindo, sentindo, amando. Como em um jogo, onde nos arriscamos e muitas vezes perdemos. Em que quando se erra, o castigo é fingir, fingir na realidade, e abandonar uma, duas, ou até mais peças.

Os atores se perdem entre si, alguns não querem se achar. Muitos vão e não voltam, outros ficam na espera sem nem saber do que, e alguns continuam a procura de uma nova história. Mas eu, eu estou aqui. Aqui na platéia, só esperando você entrar em cena, você me chamar, e me dá o papel que quiser na sua peça. Só quero estar nela, apenas isso. Tentei fazer minha própria história, onde éramos protagonistas de um romance perfeito, mas tudo perdeu a graça, perdeu a cor, perdeu a vida, pois a perfeição não é pra mim.

Ainda estou reescrevendo meu conto de fadas, aonde apenas com pensamentos vou pra perto de você. Mas nessa história não vão existir cavalos brancos, castelos, bruxas ou dragões. Vai ser apenas eu e você, fazendo nada em algum lugar que não existe. Assim eu me imagino feliz, com você e mais nada em lugar nenhum.

Não tenho mais conseguido conter minha falta de atenção em outras peças, pois fico ansiosa apenas esperando a sua, a nossa, começar. E não vou parar de escrever, para que ela nunca tenha um fim. Para que não seja apenas mais uma historia com final feliz, e sim a nossa história feliz.
Stéphanie Badaui.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Amantes.



Devo estar entrando em um grau de sanidade
com saldos negativos, pois até alguns minutos antes
de tocar você considerava essa idéia totalmente imatura.
Mas agora o fato já foi consumado.
Por um segundo esqueci de toda minha concepção
do que é certo. E isso para sustentar um prazer momentâneo.
Uma vaidade...
A comunicação de nossas almas é muito falha, mas
quando deixamos que nossos corpos se entendam, é
como se o paraíso estivesse próximo. E assim juntos,
tão juntos que podemos parecer um só formamos o
verdadeiro caminho ao êxtase.
Estamos presos um ao outro pelos mesmos
interesses e esse ar de liberdade é a certeza de
que voltaremos a procurar no outro o que não podemos
saciar sozinhos.
Nem o homem mais sábio entenderia esse
sorriso que toma conta dos meus lábios, sorrateiramente.
Por isso não escondo o orgulho para não deixar ninguém
ver que o pecado tem razão de ser.
Mas não me arrependo nem em pensamento
Apesar de ter posto a culpa em minha pobre sanidade afetada.
Faria tudo novamente apenas para alimentar minha fútil vaidade
E o meu prazer momentâneo.

Rachel Dos Santos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Claustrofobia

Se um dia me fizerem a célebre pergunta:
Você se arrepende de algo?
Não seria hipócrita o suficiente para falar que não
Sendo franca, o que mais tenho em vida são arrependimentos
de não agir por impulso, instinto, tentar, arriscar(...)
Já lhe falaram para pensar três vezes antes de agir?
Não o faça
Irá perder belas oportunidades
Afinal, erros podem ser consertados
Mas não há como consertar erros não cometidos
Fuja das ordens, burle as regras
regras foram feitas para serem quebradas
E o mais importante: Viva
Viva com afinco, viva realmente, intensamente
Para que não morra amanhã sem nunca ter de fato vivido

Nathália Alves.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Poetrix

SUOR

Corpo que sua desejo
suor que vem, e lhe molha
dois que não vêem a hora.




Aháá, meu primeiro poetrix!
Não sabe o que é? Dá uma lida...

"Um poema composto de título e uma estrofe de três versos, um terceto, com um máximo de trinta sílabas métricas. No poetrix as metáforas estão presentes e o poetrixta, transmite uma mensagem o mais completa possível, com o menor número de palavras."

Fonte:
http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=217&rv=Literatura



Poetrix em homenagem a minha querida amiga Rachel =)
(Pq serah neh? hahaha Pq eh erótico? Nããão, q isso!)



Stéphanie Badaui.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Desabafo em 'alter-ego'

Do que escrevo nada passa de manifestações do meu eu-lírico, num turbilhão de sentimentos trazidos leves feito o vento por vagas e turvas memórias de um passado talvez distante, de uma outra vida, um outro instante.
Nathalia Alves.

Morena


Vem morena
com seu caminhar
vestido de renda
faz marmanjo babar

Vem morena
trazer a inveja
pedindo festa
por onde pisar

Vem morena
com seu samba
vem pra roda bamba
vem se acabar

Vem morena
com seu jeito moleca
fazendo biquinho
pro cavaco chorar

Vem morena
trazer seu sorriso
o eterno brilho
que tem seu olhar

Agora vai morena
e deixa triste quem fica
mas essa é sua vida
viver, voar.


Stéphanie Badaui.

Busca


"O segredo da felicidade consiste em sua própria busca"

Rachel Oliveira.

Primeiro Post \o/


Sexo Frágil?


Era tão mais fácil antigamente. Apenas tinhamos que ficar em casa, ter filhos e deixar tudo perfeito para nosso "querido" marido. Para ele estava tudo ótimo, trabalhava o dia inteiro, e ainda fazia reclamações como se o que ele fizesse fosse algo quase que misericordioso. Vivia pro trabalho, e nós mulheres, muito compreenssivas, admiravamos aquele homem trabalhador que trazia o pão de cada dia.

Nosso mundo era impermeável, e nem podiamos olhar o resto pela janela, exceto o do vizinho, afinal a mulher além de sexo frágil, era o sexo fofoqueiro, intrigueiro e desocupado. Os homens nos olhavam com desdém quando davamos opniões, como se não soubessemos sobre o que estavamos falando, e talvez até não soubessemos mesmo, mas não por culpa nossa, e sim de uma sociedade que nos proibiu de pensar, de ser gente.

Hoje dizem que somos complicadas, que não nos entendem. Talvez se tivessem prestado atenção em nós antes, nos entenderiam melhor. Eles acham que somos todas homogênias, todas um esteriótipo da "mulher perfeita" que existia nos velhos tempos. Não compreendem nossas diferenças, nossas necessidades.

Realmente, antigamente era mais fácil. Mais fácil para os homens, que hoje têem que disputar com o tal sexo frágil e não só ouvir o que falamos, mas também admitir que somos capazes!



Aeee primeiro post! Espero que gostem do blog =)




Stéphanie Badaui.