terça-feira, 29 de abril de 2008

Nossa Peça


Desejo súbito de ter perto algo que não me pertence. Pensamentos maldosos de te roubar só pra mim, de te levar comigo pra qualquer lugar. Palavras que ainda flutuam no meu quarto e quando tocadas se tornam lembranças em um piscar de olhos. Em nossa frente uma peça começa, revivendo o passado que não nos parece mais tão distante. Tudo com aparência de sonho e quando fingimos acordar o susto nos leva pra mesma rotina. Enquanto isso vamos apenas observando os atores entrando e saindo de cena, chorando e fazendo chorar, rindo e fazendo rir.

Até que chega a hora em que assistir não é mais suficiente, e resolvemos levantar da platéia, subir no palco, falar, gritar, chorar, sorrir, dançar, interpretar o que realmente somos. Sem medo. Talvez ele até exista, mas naquele momento nada mais importa. Os olhares criticando, as pessoas falando, o que isso vai mudar? Você está ali, sendo você, se descobrindo, sentindo, amando. Como em um jogo, onde nos arriscamos e muitas vezes perdemos. Em que quando se erra, o castigo é fingir, fingir na realidade, e abandonar uma, duas, ou até mais peças.

Os atores se perdem entre si, alguns não querem se achar. Muitos vão e não voltam, outros ficam na espera sem nem saber do que, e alguns continuam a procura de uma nova história. Mas eu, eu estou aqui. Aqui na platéia, só esperando você entrar em cena, você me chamar, e me dá o papel que quiser na sua peça. Só quero estar nela, apenas isso. Tentei fazer minha própria história, onde éramos protagonistas de um romance perfeito, mas tudo perdeu a graça, perdeu a cor, perdeu a vida, pois a perfeição não é pra mim.

Ainda estou reescrevendo meu conto de fadas, aonde apenas com pensamentos vou pra perto de você. Mas nessa história não vão existir cavalos brancos, castelos, bruxas ou dragões. Vai ser apenas eu e você, fazendo nada em algum lugar que não existe. Assim eu me imagino feliz, com você e mais nada em lugar nenhum.

Não tenho mais conseguido conter minha falta de atenção em outras peças, pois fico ansiosa apenas esperando a sua, a nossa, começar. E não vou parar de escrever, para que ela nunca tenha um fim. Para que não seja apenas mais uma historia com final feliz, e sim a nossa história feliz.
Stéphanie Badaui.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Amantes.



Devo estar entrando em um grau de sanidade
com saldos negativos, pois até alguns minutos antes
de tocar você considerava essa idéia totalmente imatura.
Mas agora o fato já foi consumado.
Por um segundo esqueci de toda minha concepção
do que é certo. E isso para sustentar um prazer momentâneo.
Uma vaidade...
A comunicação de nossas almas é muito falha, mas
quando deixamos que nossos corpos se entendam, é
como se o paraíso estivesse próximo. E assim juntos,
tão juntos que podemos parecer um só formamos o
verdadeiro caminho ao êxtase.
Estamos presos um ao outro pelos mesmos
interesses e esse ar de liberdade é a certeza de
que voltaremos a procurar no outro o que não podemos
saciar sozinhos.
Nem o homem mais sábio entenderia esse
sorriso que toma conta dos meus lábios, sorrateiramente.
Por isso não escondo o orgulho para não deixar ninguém
ver que o pecado tem razão de ser.
Mas não me arrependo nem em pensamento
Apesar de ter posto a culpa em minha pobre sanidade afetada.
Faria tudo novamente apenas para alimentar minha fútil vaidade
E o meu prazer momentâneo.

Rachel Dos Santos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Claustrofobia

Se um dia me fizerem a célebre pergunta:
Você se arrepende de algo?
Não seria hipócrita o suficiente para falar que não
Sendo franca, o que mais tenho em vida são arrependimentos
de não agir por impulso, instinto, tentar, arriscar(...)
Já lhe falaram para pensar três vezes antes de agir?
Não o faça
Irá perder belas oportunidades
Afinal, erros podem ser consertados
Mas não há como consertar erros não cometidos
Fuja das ordens, burle as regras
regras foram feitas para serem quebradas
E o mais importante: Viva
Viva com afinco, viva realmente, intensamente
Para que não morra amanhã sem nunca ter de fato vivido

Nathália Alves.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Poetrix

SUOR

Corpo que sua desejo
suor que vem, e lhe molha
dois que não vêem a hora.




Aháá, meu primeiro poetrix!
Não sabe o que é? Dá uma lida...

"Um poema composto de título e uma estrofe de três versos, um terceto, com um máximo de trinta sílabas métricas. No poetrix as metáforas estão presentes e o poetrixta, transmite uma mensagem o mais completa possível, com o menor número de palavras."

Fonte:
http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=217&rv=Literatura



Poetrix em homenagem a minha querida amiga Rachel =)
(Pq serah neh? hahaha Pq eh erótico? Nããão, q isso!)



Stéphanie Badaui.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Desabafo em 'alter-ego'

Do que escrevo nada passa de manifestações do meu eu-lírico, num turbilhão de sentimentos trazidos leves feito o vento por vagas e turvas memórias de um passado talvez distante, de uma outra vida, um outro instante.
Nathalia Alves.

Morena


Vem morena
com seu caminhar
vestido de renda
faz marmanjo babar

Vem morena
trazer a inveja
pedindo festa
por onde pisar

Vem morena
com seu samba
vem pra roda bamba
vem se acabar

Vem morena
com seu jeito moleca
fazendo biquinho
pro cavaco chorar

Vem morena
trazer seu sorriso
o eterno brilho
que tem seu olhar

Agora vai morena
e deixa triste quem fica
mas essa é sua vida
viver, voar.


Stéphanie Badaui.

Busca


"O segredo da felicidade consiste em sua própria busca"

Rachel Oliveira.

Primeiro Post \o/


Sexo Frágil?


Era tão mais fácil antigamente. Apenas tinhamos que ficar em casa, ter filhos e deixar tudo perfeito para nosso "querido" marido. Para ele estava tudo ótimo, trabalhava o dia inteiro, e ainda fazia reclamações como se o que ele fizesse fosse algo quase que misericordioso. Vivia pro trabalho, e nós mulheres, muito compreenssivas, admiravamos aquele homem trabalhador que trazia o pão de cada dia.

Nosso mundo era impermeável, e nem podiamos olhar o resto pela janela, exceto o do vizinho, afinal a mulher além de sexo frágil, era o sexo fofoqueiro, intrigueiro e desocupado. Os homens nos olhavam com desdém quando davamos opniões, como se não soubessemos sobre o que estavamos falando, e talvez até não soubessemos mesmo, mas não por culpa nossa, e sim de uma sociedade que nos proibiu de pensar, de ser gente.

Hoje dizem que somos complicadas, que não nos entendem. Talvez se tivessem prestado atenção em nós antes, nos entenderiam melhor. Eles acham que somos todas homogênias, todas um esteriótipo da "mulher perfeita" que existia nos velhos tempos. Não compreendem nossas diferenças, nossas necessidades.

Realmente, antigamente era mais fácil. Mais fácil para os homens, que hoje têem que disputar com o tal sexo frágil e não só ouvir o que falamos, mas também admitir que somos capazes!



Aeee primeiro post! Espero que gostem do blog =)




Stéphanie Badaui.