segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Amor à moda antiga


- Venha comigo, não se reprima em medos infantis. Nessa vida ninguém te amou, ama ou amará da mesma forma que te amo neste instante.

Ele me encarava e havia intensidade em seu olhar. Se eu fosse ingênua eu poderia acreditar na verdade de suas palavras. Mas eu não me deixava levar, a vida tinha me ensinado. E para ele eu era apenas mais uma conquista, uma de muitas, apenas um pouco mais trabalhosa do que o resto. Eu aprumei meu peito e virei as costas para ele. Não me era confortável olhar dentro de seu olhos, eles só tentavam me seduzir, tal qual cada fibra do seu corpo moreno e esguio. Eu ouvi minha própria voz sair rouca, quase como se não fosse minha:

- Apenas um instante não é suficiente pra mim.

Senti algo esquentar meu rosto quando me dei conta de que era uma lágrima que teimava em ignorar minha resistência. A mão dele pousou leve sobre meu ombro e o toque fez com que eu me virasse para ele quase como se meu corpo tivesse vontade própria.
Nós dois não dissemos nada durante alguns segundos que pareciam passar muito devagar conforme a mão dele percorria um caminho pelo meu corpo até alcançar minha cintura.

- Um instante é tudo que precisas pro meu coração lhe pertencer até o final dos tempos(...)




obs: amo narrativas, bjs

Nathalia Alves

domingo, 8 de novembro de 2009

Caminhada


Por favor,
Só venha comigo quem estiver sorrindo
Não peço que venha fingindo
Vamos caminhar bastante
É bom que seja tolerante
Se no caminho
Deixar cair seu sorriso
Dai-me um abraço
Forte e demorado

Leve consigo ar de meninos
Vai precisar quando o corpo cansar
Guarde nos olhos a inocência dos novos
Não ouse em levar um pingo de maldade
Mas carregue no bolso um pouquinho de maturidade

Ah! A curiosidade das crianças
Leve em abundância
Permito que seja um pouco ousado.
Sem algum pecado.


Rachel Oliveira