quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nem que fosse pela última vez



A tensão estava estabelecida e o silêncio sepulcral foi rompido quando Josephine espalmou as duas mãos na parede com força e então voltou-se para ele, dilatando as narinas como sempre fazia ao exasperar-se. Ele riu - em parte pela felicidade de rever aquele familiar semblante irado após uma longa campanha que o afastara de casa, e em parte realmente achando graça do ciúme dela.

- Minha amada, não faça drama! Não há motivo para tanto. - e ele abriu os braços envolvendo-a num abraço do qual ela tentava se soltar.

-Me solta! - vociferou ela, em um tom de autoridade que nem o próprio Napoleão conseguiria fazer para seus soldados. - Volte para tuas amantes, general! Maldita a hora em que te dei o lugar do falecido em minha vida!

-Não falemos dos mortos! - repreendeu-a, conservando-a presa. Sentindo no peito uma pontada de ciúmes repentina.

Ironia fatídica! Josephine temia a concorrência das vivas, e Napoleão enciumado com os mortos.

Ela se debateu, tentando livrar-se dos braços do jovem marido:

-Ele parece mais presente que você! - alfinetou, vendo que o afetara. E olhando-o com desprezo, finalmente saiu de seu abraço. - Estás sempre em outros lugares! Outras camas!

Napoleão não pôde mais conter o riso e sorriu diante da irritação dela:

- E você costumava queixar-se do meu ciúme! Olha só como tudo se inverteu!

Ela revirou os olhos, bufando alto:

- Vou sair desta casa e levar meus filhos! - declarou ela, dando as costas ao rapaz.

-Você não vai me deixar. - balbuciou Napoleão, convicto. - Não tem nem pra onde ir.

Josephine olhou-o por cima do próprio ombro, agora não mais com o rosto vermelho de raiva, mas sim com uma incômoda indiferença:

- Ainda tenho as propriedades do falecido. - falou somente, com uma calma assustadora. Nessas horas lhe convinha ser viúva!

Napoleão não se alterou.

-Você não vai me deixar. - repetiu somente, sem tirar os olhos dela. - Nós dois sabemos que não vai.

Josephine apenas suspirou, um suspiro quase imperceptível e retirou-se em silêncio, de uma forma teimosa, não submissa. Ele tinha razão, não o deixaria(...)



Nathalia Alves

(Me batam, me odeiem mas postei o diálogo Napoleão/Josephine que eu fiz durante a aula de...aula de alguma coisa(!) )


7 comentários:

Mandy disse...

Que linda a sua história!!!

Parabéns pelo blog! Adorei msm...

BjO.

Cássia disse...

Gostei!!!
Passa lá no meu depois...

http://www.porta-joias.blogspot.com/

Farani disse...

Aiin.
Sou fã de vcs abiigas *-*

Anônimo disse...

Vim agradecer sua visitinha!

Bacana!!! Gostei muito do seu blog!

Té mais!!

Anônimo disse...

soh naum t bato pq eu gostei mt! hahaha esses casais... 8-)

ps1.: talvez eu t bata sim. soh pq eh legal =D

ps2.: tinha uma foto melhorzinha do anão, naum?! hahaha



bjaum!

Anônimo disse...

gostei,pena que não estou com tempo agora para ler os anteriores...


passa lá no meu blog tb!

Anônimo disse...

mt bom^^ o estilo literário de vcs é tao diferente q da pra reconhecer quem escreveu sem nem ler o nome kkkkkkk

mt bom msm... parabens